bastardos!
A propósito da visita do Príncipe das Astúrias a Portugal.

Agencia EFE Lisboa 1 de Junho de 2012 (com um poema de ANTÓNIO
ARAGÃO).
Já tivemos que aturar o pai, agora
temos que aturar o filho.
[
poemas intermináveis — videografias do lixo pós-moderno
]
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As famílias reais são as mais antigas e porventura as mais ruinosas parcerias público privadas
de que há memória: uma espécie de eternos chulos do Estado!
Reis e rainhas, príncipes e princesas vivem em sumptuosos palácios, vaporizam-se com Imperial Majesty, vestem Givenchy, passeiam-se em jatos
particulares e fodem com os filhos do povo deixando por onde passam
um rasto de "poeiras da vida". Na verdade, metade da nossa
civilização é descendente de pais incógnitos.
Só deixaremos de ser bastardos (quero dizer: só poderemos honrar os
nossos pais, e ao mesmo tempo os nossos filhos) quando obrigarmos esta gente a
trabalhar para poder sustentar os seus excessos, os seus vícios e as suas fantasias.
"poeiras da vida"
No tempo da guerra com os americanos, no Vietname chamavam-lhes
«bui-doi», ou seja: as crianças que lembravam aos vietnamitas que o
inimigo fora para a cama com as suas mulheres...

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