«nong qua...
nong qua...»

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NICK UT/AP, Vietname, JUN1972.

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ANNE BAYIN/MILK, Kim Phuc and Thomas, 1995
«Nong qua, nong qua» (muito quente, muito
quente).
Segundo o fotógrafo Nick Ut, eram estas as palavras da jovem Kim
Phuc (a 'rapariga do napalm') e dos seus companheiros, quando fugiam
dos ataques a Trang Bang, no Vietname, em 1972.
A jornalista Judith Coburn, do L.A. Times, fez em 1989 uma
espantosa reportagem sobre Phan Thi Kim Phuc (cujo nome em
vietnamita significa 'felicidade dourada'), que sobreviveu aos
bombardeamentos a Trang Bang, no dia 8 de Junho de 1972, e veio a
encontrar-se em Havana, 17 anos mais tarde, com o mesmo fotógrafo da
Associated Press que a socorreu depois de a fotografar.
Com a fotografia, Nick Ut acabaria por ganhar o Prémio Pulitzer, em
1973, enquanto a jovem Kim Phuc foi tratada com êxito nos hospitais
de Cu Chi e Saigão, tendo sido assistida neste último pelo Dr.
Arthur Barsky e pelo seu assistente, Dr. Mark Gorney, que se
celebrizou mais tarde como cirurgião plástico em S. Francisco.
Kim Phuc esteve hospitalizada durante 14 meses,
tendo-lhe sido efectuadas 17 operações cirúrgicas para debelar os
efeitos das queimaduras de 1º grau que sofreu em todo o corpo.
Tornou-se mensageira de boa vontade da UNESCO, casou e teve 2
filhos. Vive em Toronto, no Canadá.

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