Dizem que se tornou enfermeiro
durante a guerra civil americana para poder salvar o seu irmão
George, que lhe relatava com detalhe todas as atrocidades da frente
de batalha...
Cat on terrace overlooking
lake and park, Central Park, Nova Iorque, EUA, 1992.
foto BRUCE
DAVIDSON/MAGNUM Photos
Aliás, de Whitman diz-se muitas coisas:
«Contra vós sempre,
fadas da América do Norte,
touros de Sevilha,
Adelaides de Portugal...»
(Garcia Lorca), ou
«Velho vagabundo solitário, remexendo nas carnes do refrigerador e lançando olhares para os garotos da mercearia...»
(Allen Ginsberg).
Mas é
de
Pessoa a mais sábia impressão alheia:
«Século vinte ao longe!
Pum!, pum! pum! pum! pum! PUM!
Ave, salve, viva, ó grande bastardo de Apolo...»
(Álvaro de Campos).
«Por mim passam muitas vozes mudas há tanto tempo, vozes das
intermináveis gerações de escravos.
(...) Todo o universo é uma
procissão.»
Libertou a
poesia da rima, da métrica e da hermética. Salvou a América (e o Mundo) de
muitos obscurantismos.