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  Post 121 -  Julho de 2013  

 

foto: Carlos Vilela 2010

 

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os dias todos iguais, esses assassinos...

 

as coisas

[ um poema de Jorge Luis Borges ]

 

 

 

 

sob o candeeiro cilíndrico de imitação de seda púrpura

sussurro-te ao ouvido um poema do cego Borges

(o cego Jorge Luis Borges,

servo na Babilónia e invisível na Lua).

 

no camiseiro de mogno as fotografias

e aquele teu amuleto pequenino — o menino pobre de joelhos

a rezar.

 

e as pétalas — labirínticos afectos nos bilhetinhos colados

na cabeceira da cama.

 

e as sombras, os espelhos, os filhos, os bichos

e as coisas (tantas coisas!).

 

aonde nos voltaremos todos a encontrar?

[22.7.2013]

 

 

 

 

 

foto PAOLA AGOSTI Jorge Luis Borges e o gato Beppo 1980.

 

 

 

 

 

 

A bengala, as moedas, o chaveiro,
a dócil fechadura, as tardias
notas que não lerão os poucos dias
que me restam, os naipes e o tabuleiro.
Um livro e em suas páginas a seca
violeta, monumento a uma tarde
sem dúvida inolvidável e já olvidada,
o rubro espelho ocidental em que arde
uma ilusória aurora. Quantas coisas,
limas, umbrais, atlas, taças, cravos,
nos servem como tácitos escravos,
cegas e estranhamente sigilosas!
Durarão para além do nosso esquecimento;
nunca saberão que nos fomos num momento.


JLB

Elogio da Sombra

 

 

 

 

 

 

_______

«Foram precisas todas as coisas/para que um dia as nossas mãos se unissem.» JLB, História da Noite, 1977.

Borges tinha razão: o que poderemos escrever hoje que não tenha sido escrito já há muito tempo? A melhor explicação para tudo isto é talvez porque continuamos a esforçar-nos para «salvar o mundo», como ele diz em A Cifra, 1981.

 

 

 

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que estão frequentemente em casa todos ao mesmo tempo.

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