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  Post 038 -  Julho de 2010  

 

foto: Carlos Vilela 2010

 

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bombas de açúcar

 

 

 

 

foto SUSAN MEISELES/Magnum, Nicarágua, 1978.

 

 

 

 

Durante o século XX a América Latina foi palco das mais repressivas ditaduras: Fulgencio Batista em Cuba, Stroessner no Paraguai, Pinochet no Chile, Videla na Argentina... No Brasil, um jornalista do Pátria Latina — uma publicação conhecida pelas suas simpatias com Fidel Castro — recorda como todos estes regimes militares eram pautados pela «intolerância, contrária à energia vital humana que tem sede de ser livre, criativa e bela» (Beto Pinheiro, PL, 16 de Maio de 2010). A verdade é que, após 50 anos de convivência com o governo saído da Sierra Maestra, liberdade, criatividade e beleza não são mais do que meras peças decorativas da semântica revolucionária cubana.

 

 

 

Na Nicarágua, os camponeses rebeldes que lutavam contra a feroz ditadura da família Somoza (a fotógrafa Susan Meiseles, da Magnum, recorda os «cadáveres mutilados dos opositores, torturados até à morte...»)escondiam-se na floresta, usavam máscaras inspiradas no folclore tradicional para não serem reconhecidos e faziam bombas de contacto (minas) artesanais com pregos, pedras, pedaços de vidro e... açúcar.

 

Trinta anos depois, para quem conhece as gigantescas plantações da matéria-prima com que se fabrica o etanol e o espirituoso 'Flor de Caña', é criminosa a indiferença do Estado e dos patrões em relação aos milhares de trabalhadores que se tornaram portadores da mortal insuficiência renal crónica (IRC). Não é doce o trabalho que alimenta o lucrativo negócio da Nicaragua Sugar Estates Limited nos grandes mercados internacionais...

 

 

 

 

«Democracia?... É sempre preciso explicá-la.»

JORGE VIDELA

 

«A liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.»

CLARICE LISPECTOR

 

 

O tempo tanto serve para 'explicar' a democracia (como o fez Jorge Videla, na Argentina, a cerca de 30 mil mortos e desaparecidos em apenas 5 anos) como para exigir mais — muito mais, como queria Clarice Lispector — daquilo a que hoje chamamos liberdade.

 

______

Cuba começou a libertar os presos da Primavera Negra de 2003. «Serão os primeiros passos para a verdadeira liberdade e democracia», disse Laura Pollán, líder do grupo de dissidentes 'Damas de Branco'.

Pouco antes, o presidente brasileiro Lula da Silva havia comparado os presos políticos cubanos aos criminosos de S. Paulo...

Entretanto, Guillermos Fariñas pôs termo à greve de fome que mantinha há 135 dias: iniciou agora uma dieta à base de gelatina, sopa, sumos e chá com... açúcar.

 

 

 

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que estão frequentemente em casa todos ao mesmo tempo.

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