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  Post 008 -  Agosto de 2007  

 

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o barco dos sonhos

 

 

 

 

 

 

 

Imagens do filme Titanic (1997), de James Cameron.

Direcção de fotografia de RUSSEL CARPENTER

Duas grandes improbabilidades — o naufrágio do Titanic e a história de amor entre um jovem plebeu e uma rapariga da alta sociedade britânica — transformam o filme de Cameron numa poderosa metáfora do género humano...

 

 

Quando em Março de 1909, nos estaleiros da Harland & Wolff, em Belfast, começa a ser construído o maior navio do mundo, no extremo longínquo do mar polar as enormes calotes ensaiam estranhos movimentos (nem os velhos marinheiros se lembravam de ter visto tanto gelo assim, há mais de 50 anos), e um gigantesco glaciar desprende-se do Árctico e inicia uma lenta viagem, irrompendo pelos fiordes para estacionar no meio do Atlântico Norte. Em Inglaterra, os jornais da época anunciam a construção de um navio «inafundável»: 46.328 toneladas de peso, 270 metros de comprimento e 28 de largura, mais de 11.300 operários envolvidos na sua construção seis dias por semana durante 26 meses…

 

O majestoso titã britânico de dez andares, inspirado na mitologia grega, iniciou a sua viagem inaugural a 10 de Abril de 1912, desde Southampton até Nova Iorque, prevendo-se que alcançasse aquela cidade americana em apenas uma semana; transportava 2.227 passageiros e podia movimentar-se a cerca de 40km por hora! «Nem Deus afunda o Titanic!», afirmavam os seus construtores, da White Star Line.

 

O «barco dos sonhos» transportava sobretudo gente rica, milionários que regressavam à elite da sociedade de Filadélfia, mas também pequenos comerciantes e outros passageiros que circulavam em terceira classe e apostavam na viagem para encontrar melhores oportunidades de vida…

 

No momento da colisão, às 23h40 do dia 14 de Abril de 1912, um nevoeiro intenso cobria as águas do oceano, só iluminado pelas estrelas e pelas luzes do gigantesco navio.

Na sala de jantar do Titanic, o casal Widner honrara o comandante Eduard Smith, que fazia a sua viagem de despedida depois duma carreira repleta de glórias. Este, recolhera-se no seu camarote poucos minutos antes.

Se o vigia do mastro, Frederick Fleet, tivesse avistado o iceberg 30 segundos mais cedo, talvez o navio não se tivesse afundado...

 

 

«O modo como a banda continuava a tocar é algo nobre... A última vez que os ouvi, já estava a flutuar no mar com o meu colete salva-vidas; eles tocavam 'Autumn'. Como conseguiam fazê-lo não posso imaginar!»

Relato de Harold Bride, um operador da Marconi, que sobreviveu.

 

 

A tragédia fez cerca de 1500 vítimas, entre as quais o comandante Smith e o engenheiro-chefe Thomas Andrews. Bruce Ismay, o megalómano presidente da White Star Line, embarcou num dos últimos botes de salvação… O mesmo destino não teve a transportadora, que não sobreviveu e acabou por ser vendida à sua principal rival, a Cunard Line, em 1940. Curiosamente, foi um navio desta companhia, o Carpathia, que socorreu as primeiras vítimas do Titanic...

 

A 1 de Setembro de 1985 uma expedição franco-americana liderada por Robert Ballard encontrou os destroços do Titanic, 150km a sul de Newfoundland, na costa do Canadá, a 3.800 metros de profundidade. O barco partira-se em dois.

 

Em 1898 um autor de ficção científica americano relatara a tragédia de um navio imaginário que deslocava 70 mil toneladas, media 800 pés, transportava 3.000 passageiros e possuía um motor com 3 hélices; eram estes os números do Titanic!

 

O ‘aviso’ havia sido feito.

De nada valem os sonhos dos homens sem o consentimento dos deuses.

 

 

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A alma tem muitos inquilinos

que estão frequentemente em casa todos ao mesmo tempo.

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