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  Post 002 -  Julho de 2007  

 

foto: Carlos Vilela 2010

 

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«América dei-te tudo e agora não sou nada.

...

Não me sinto nada satisfeito não me chateies.

Não vou escrever o meu poema enquanto não estiver

Perfeitamente equilibrado.

 

América quando serás tu angélica?

Quando é que te despes?

Quando é que olharás para ti através do sepulcro?

...

América porque estão as tuas bibliotecas cheias de

lágrimas?

...

América não empurres eu sei o que faço!»

ALLEN GINSBERG

  

 

 

A máquina da guerra é, para a maioria dos governantes, como um amor platónico: gostam de a provocar, mas preferem fruir dela a uma distância geográfica que lhes permita preservar o verniz dos sapatos e a sua integridade física... Entretanto, os generais fazem o trabalho de doutrinação.

O capítulo da preparação para a guerra parece ser endógeno da mentalidade americana: durante muitos anos pensou-se que o equilíbrio da 'coexistência pacífica' pendia para o lado ocidental, e os EUA publicitaram sem fim a sua política altruísta de defesa da moral universal. Com o fim da Guerra Fria, a manutenção da apetência dos Estados Unidos pelos conflitos parece justificar-se para alimentar o [ MADE IN U.S.A. ] — ou seja: a guerra sustenta a economia, pois é óbvio que a economia, no passado, foi a grande sustentação da guerra. Melhor: talvez nunca tenha sido possível entender a guerra sem economia... e vice-versa.

 

Mas, em que consiste afinal esta 'doutrinação' para a barbárie?

 

«Os soldados da Força Aérea britânica entrevistados durante a Segunda Guerra Mundial manifestaram reacções de ansiedade antes de partirem para a sua missão. Estavam tão ansiosos, que alguns homens impedidos à última hora de embarcar tiveram ataques de choro...»

JOANNA BOURKE, The Guardian.

 

 

São múltiplos os relatos de soldados, e até generais, que descrevem com entusiasmo as suas conquistas em teatro de guerra. No Golfo, o efeito dos media levava-os a imaginarem-se 'actores' dos filmes de cowboys ou personagens dos jogos de computador. John Wayne, o «Duke», fora já célebre entre a infantaria inglesa nos anos 19(40); no Iraque, tornaram-se célebres os helicópteros 'Apache' e os mísseis 'Tomahawk' — tudo retirado da mitologia do velho Oeste.

 

 

foto JOE ROSENTHAL (Iwo Jima, 19 Fev 1945).

 

John Wayne foi protagonista de um dos filmes da polémica.

 

  

O caso Iwo Jima leva-nos a suspeitar da relação de fruição da guerra com os media e os ídolos do cinema, que a prolongam.

 

Mas há um exemplo contraditório: Paul Tibbets, o famoso piloto que conduziu “the gimmick” sobre Hiroshima, não gravou o seu nome no casco da bomba com um lápis de cera como Thomas Ferrel, o general da força aérea norte-americana, «para Hirohito com amor e beijos»... porque não era do seu estilo fazer isso.

Contraditório? Talvez nem tanto: Tibbets adormeceu no regresso de Hiroshima depois de vinte horas e meia sem descansar...

 

[ MEMÓRIA DE HIBAKUSHA ]

 

 

 

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A alma tem muitos inquilinos

que estão frequentemente em casa todos ao mesmo tempo.

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