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ALDEIAS DO MONTESINHO:
VIVER E MORRER DEVAGAR...
Aldeias do Montesinho: viver e morrer devagar...

«Isto não é nada daquilo que as pessoas dizem...»
ANA MERCÊS, Aveleda.
«A água no S. João tira vinho, azeite e não dá pão.»
HELENA SUBTIL Réfega.
«Aconteceu que até aos vinte e sete
anos de idade tive a alegria
de viver na solidão da casa e da família,
com um belo jardim à minha volta.
Fiquei, assim, um ser não corrompido
e, fazendo justiça à natureza,
sigo o murchar da floresta
ou
o destino do jardim.
.........................................
Fui tão inevitável paraíso
e estive tão perto da grande bondade divina...
Ninguém sabia como o tormento é grande
atrás da porta da minha solidão.»
BELLA AKHMADULINA
Aconteceu
Tradução de Manuel de Seabra
FOTOGRAFIA
SANTOS E RECORDAÇÕES DE
ALZIRA MATILDE GASPAR
Moimenta da Raia, Vinhais: santos e recordações de Alzira Matilde Gaspar

O Parque Natural do Montesinho estende-se pelo território fronteiriço do nordeste português, desde Quintanilha (ao sul), passando por Réfega, Deilão, Guadramil, Rio de Onor, Varge, Aveleda, Meixedo (já periférico do círculo bragantino), França, Montesinho, Mofreita, Moimenta e Pinheiro Novo (no extremo norte-oeste, com ligação ao planalto montanhoso do Barroso).
Em Moimenta da Raia, uma aldeia isolada às portas da Galiza de Espanha, vive Alzira Matilde Gaspar.
Alzira tem 77 anos. Ficou sozinha, depois da morte do marido há um ano atrás. Reza todos os dias a Santa Luzia e a Nossa Senhora de Fátima.
MOIMENTA DA RAIA, Vinhais
Novembro de 2006
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