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  Post 100 -  Abril de 2013  

 

foto: Carlos Vilela 2010

 

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«As pessoas têm que ter expectativas de acordo com a realidade que vivemos», disse hoje uma assessora do primeiro-ministro. Definitivamente, esta realidade não é minha.

 

Privatizaram tudo, até a nuvem que passa como previu Saramago. Ostracizaram os comunistas até os crucificarem na cruz como cristos. E os árabes. E os homossexuais.

Só há este caminho, dizem-nos. Agora, temos os países do norte... e os outros. E, de descriminação em descriminação, nesta catalepsia total que nos leva à maior desonra que consiste no vazio absoluto, é mais uma vez o vozeirão da Alemanha que enxota o cabril de amestrados que hão-de servir para «empadinhas de borrego», como dizia Ginsberg.

 

Não há pior erro do que esse de cultivar num povo qualidades estranhas que lhe não pertencem por natureza, disse Pascoaes.

Não tem perdão quem não reclama pela sua própria pátria para morrer.

 

 

 

 

foto NATIONAL ARCHIVES AT COLLEGE PARK Maryland, USA.

Perseguição aos judeus de Lvov, Polónia, 1941.

 

 

 

 

 

vivo aqui

entre o rio e a névoa

um monge beneditino

pedra quinhentista

quadros de Amadeo

papos d'anjo de O' Neill quatro reis

de Portugal

uma gloriosa ponte

que resistiu aos franceses.

 

vivo aqui

cego de terror

arrastado também pelos cabelos

como um traidor à pátria.

 

vivo aqui

nesta mesma dor de grandeza

e pequenez.

 

e mesmo suspenso pelo escalpe

se há rio e névoa

um monge beneditino

pedra quinhentista

quadros de Amadeo

papos d'anjo de O' Neill quatro reis

de Portugal

uma gloriosa ponte

que resistiu aos bárbaros...

nesta mesma dor de grandeza

e pequenez

não sou estranho nem

estrangeiro

esta terra também é minha

aqui semeei e aqui colhi

vivo aqui

porque aqui

é um lugar bom para morrer.

 

antero de alda, a reserva de Mallarmé, 2013.

 

 

 

_______

"Pascoaes"

O Génio Português na Sua Expressão Filosófica, Poética e Religiosa, ed. Renascença Portuguesa, Porto, 1913, pág. 10.

 

no cabeçalho: Eternidade, numa fotografia de Eduardo Teixeira Pinto.

 

 

 

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