Como em Auschwitz, estamos a ser exterminados. Mas,
como diz Omer Bartov, «o genocídio é sempre um empreendimento
colectivo», por isso, enquanto sobreviventes, não podemos deixar
de nos sentir culpados. Afinal, contra toda a tradição religiosa
que ameaça há séculos a paz da nossa consciência,
os menos culpados são os que se recusam a perdoar.
«Perdoar é um acto de loucura», dizia Derrida.
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