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  Post 223 -  Fevereiro de 2018  

 

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os dias todos iguais, esses assassinos...

 

o meu insane Carnaval

 

 

Vi ontem, outra vez, imagens do Inferno pela televisão...

 

Antes, Bernardo Pinto de Almeida disse-me: «Fui dos que julgaram ter nascido para tornar grande o mundo, /mas atrasei-me numa sala cheia de homens.»

e outros poemas, Quetzal, Lisboa, 2002.

 

No sábado, perguntei finalmente ao meu amigo António Fontes: «Padre, Deus existe?»

«Deus está ao teu dispor...», respondeu-me. Mesmo assim? No meu insane Carnaval, na minha folia de todo o dia?

 

Hoje, estou de luto...

 

 

foto: JORGE ESTEVES/ANTERO DE ALDA Retrato e auto-retrato, Amarante (2018).

 

 

sonhamos com príncipes e princesas estendemos a pele do corpo em marés de frutos amassamos a pedra o pão o linho as vértebras até ao impossível esperamos o fim do dia as alvoradas de luz o estranho cheiro da chuva ensaiamos cânticos oh o indeterminado problema do universo [sobretudo a lã das nuvens a grande paz dos planetas] fazemos casas oh as casas e retratos trocamos beijos grandes e pequenas tragédias por tão ínfimos momentos aspiramos à carne ao amor à fé ao silêncio — é verdade escrevemos tantas cartas sem resposta! — enfim construímos castelos de areia.

maio 2012

 

____

"Deus está ao teu dispor..."

«Deus está morto», diz Nietzsche em A Gaia Ciência, 1887.

«Nunca ouviram falar do louco que acendia uma lanterna em pleno dia e corria pela praça, gritando: Eu procuro Deus! — Eu procuro Deus! Mas aqueles que não acreditavam em Deus riam-se e diziam: Pobre criatura, está perdida...»

 

"na minha folia de todo o dia"

Rezo, quase todos os dias, um Pai-Nosso e uma Ave-Maria. E vou, de vez em quando, ao Mosteiro de S. Gonçalo rezar a Nossa Senhora de Fátima. Porém, a minha maior devoção é pela Nossa Senhora dos Prazeres.

 

"Hoje estou de luto..."

Pelas crianças vítimas inocentes da interminável guerra na Síria.

Pela defunta Escola Secundária de Amarante, que não se recompõe e cujo director não se demite.

Pela mulher que morreu esta semana, na Sertã (Castelo Branco), vítima de ataque cardíaco, cujo marido (Ângelo, de 79 anos) teve de percorrer dois quilómetros a pé para poder pedir ajuda médica, por falta de telefone fixo quatro meses depois dos incêndios do passado mês de Outubro.

Por uma colega, jovem professora, que se suicidou há meia dúzia de dias, decerto na vã esperança de encontrar um inferno mais suportável «do outro lado do caminho.»

Há coisas assim: dias assassinos e erros irreversíveis.

 

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que estão frequentemente em casa todos ao mesmo tempo.

GÖRAN PALM

 

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